Aconteceu no último dia 28 de novembro em São Paulo o I Encontro Vocacional Marista com o tema: "Temos redes, temos peixe, só falta você para pescar". Reunindo jovens das duas paróquias maristas, Nossa Senhora do Bom Conselho e Sagrado Coração de Jesus. A apresentação do encontro ficou com o Ir. Ailto, sm (Belo Horizonte) e a animação com a banda Shekináh (São Paulo). O encontro contou com a participação dos Leigos Maristas dos nossos dois grupos. Eles contribuiram com a organização e preparo do ambiente e também da alimentação.
Ir. Ailto, sm
Marcos e Luciana (Vida: o primeiro chamado)
Inário (Batismo: chamado a ser cristão)
Wellington (Ser Jovem)
Irª Cenária, sm (Ser Irmã Marista)
Pe. Sylvestre, sm (Ser Padre Marista)
Ir. Luiz Adriano (Ser Irmão Marista)
Eliaquim ( Ser Leigo Marista)
Lone e Edimilson (Chamados ao Matrimônio)
Banda Shekináh
Agradeçemos a participação de todos os que trabalharam na realização deste encontro. Pedimos ao Senhor que enie mais operários para sua messe.
Toda ação pastoral marista deve ser inspirada por Maria, mas fundada na pessoa de Cristo. Desse modo, a práxis de Jesus lança luzes para o agir pastoral marista que esteja engajado e comprometido com as questões do Reino de Deus. Deus se tornou próximo dos que mais necessitavam por intermédio de seu Filho Jesus Cristo e chamou aos maristas para também fazerem-se presentes do lado deles em sua pastoral.
Nas narrativas das comunidades evangélicas percebe-se um Jesus que não buscou destaque e aplausos para si, mas lutou por aqueles que precisavam ser integrados e acolhidos no seio da comunidade. Por isso, Ele enfrentou conflitos e foi considerado como alguém que representava perigo para o poder das lideranças de seu tempo. Esse também é o desafio do marista, ou seja, ir onde mais necessita e que ninguém quer ir. Padre Colin pensava o apostolado escondido dos maristas de forma que pudessem fazer grades coisas, mas a supervalorização egoísta do marista. “Eu desejo que os membros da Sociedade de Maria sejam sacerdotes instruídos, modestos, sem pretensões, fazendo todo tipo de bem possível, mas permanecendo ocultos e desconhecidos” [1].
A prática de Jesus não foi como um sacerdote do templo, mas o Messias engajado. Destarte, não podemos pensar Jesus fora dos perigos histórico-sociais. Pois, não legitimava o poder que alguns esperavam Dele. A práxis de Jesus, por conseguinte, foi profética. Taumaturga. Jesus se colocou em uma postura de serviço. Curava, não para ter representatividade diante do povo, mas para mostrar a presença do Reino de Deus. Jesus pregou sobre o Reino de Deus na prática da libertação. Sem o interesse de se mostrar como um rei todo poderoso, glorioso, mas misericordioso e libertador no meio dos que tanto necessitavam. Um reino em busca da paz pela igualdade e fraternidade.
O conhecimento de Jesus traz consigo a conseqüência do chamamento. Este chamado exige uma resposta para quem quer colocar em prática o ensinamento de Cristo. É preciso, portanto, se identificar com o Deus encarnado que habitou no meio de nós. Essa identificação se mostra na prática cotidiana do discípulo que ao mesmo tempo é missionário. Assim fez Maria que foi a mãe de Deus e discípula perfeita de seu Filho. Os maristas vêem em Maria o seu modelo inspiracional para o seguimento ao chamado de Cristo.
Nesse ínterim, é preciso deixar o imaginário que percebe Jesus somente no plano divino, um Jesus todo poderoso. Ao contrário, seria importante para o nosso agir pastoral, conceber a imagem de um Deus divino e também humano que se doa no serviço àqueles que sofrem.
O Jesus quem sustenta a caminhada do povo de Deus é o messias comparado com o servo sofredor obediente à vontade do Pai. Soube, entretanto, enfrentar os males deste mundo para cumprir o papel de libertação. Esse Deus se fez conosco e caminha com seus discípulos e missionários na peregrinação da vida.
Com tudo o que foi dito, podemos concluir que, o fundamento da ação pastoral, em especial a missão marista, é cristológica e se expande na prática eclesial. Desde as comunidades primitivas até hoje, Jesus Cristo que se encarnou, sofreu a paixão, morreu e ressuscitou fundamenta toda e qualquer ação pastoral, isto é, está no centro do nosso agir como discípulos e missionários Dele.
João Claudio Colin, seja glorificado pela Igreja, mostra-nos o favor que
ele encontra aos vossos olhos,
dando-nos a graça que nós,
neste momento, pedimos por sua intercessão, que conceda ao nosso confrade, Mua Saurava, a cura milagrosa de sua doença em fase terminal, e reintegra-o ànossa comunidade, em boa saúde
e bem-estar. Amém
Esta oração foi criada para pedir uma graça por intercessão de Jean-Claude Colin, fundador da Sociedade de Maria, visando a reabertura do processo de beatificação.
Neste mês de setembro, há uma festa mariana chamada de “Santo Nome de Maria”. Para nós Maristas ( da Sociedade de Maria), ela se tornou uma festa patronal. Na Igreja, a data lembra a vitória dos Católicos da Europa sobre os muçulmanos Turcos no século XVI. Eles invocavam o Nome de Maria em suas resistências e lutas para defender a fé cristã católica. Muitas vezes, a festa foi suprimida e restaurada pelos papas. Fazer o quê, é questão mais de sensibilidade religiosa do que de fé. O que me chama a atenção desta festa é o significado do nome na cultura hebraica.
O Nome evoca a “identidade”, a “filiação” e o “projeto” de vida. Um judeu (judia) não podia dar ou receber um nome de qualquer jeito. O Nome projetava o perfil da pessoa. Contrário à nossa mentalidade moderna em que a criança pode ser chamada de “Chocolate, Skol, Massa, Pipa, Fifa, ...” enquanto a cachorrinha de “Matilde, Amaral, Aimé ou Linda”. Os nomes bíblicos nos inspiram respeito em razão dos três evocações ou significados. Por exemplo, Eva é a mãe dos vivos; Adão, é dom da terra; Rafael, Deus cura; Gabriel, força de Deus; ... Maria (Miriam), aquela que educa, exalta, eleva, a Bendita, etc.
Em Mateus 1, 16, lemos: “Jacó gerou José, o esposo de Maria da qual nasceu Jesus chamado Cristo”. Jesus significa Deus salve e Cristo, o Ungido. Este como Messias tem sua filiação natural pela Maria e divina pelo Espírito Santo: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus. Ele reinara na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim”(Lc 1, 35. 33).
Lucas nos apresenta a partir dos nomes a identidade de Jesus, sua filiação humana e divina, e também sua missão (seu projeto): reino eterno e salvação do mundo.
Os Maristas se acham, com razão, ligados ao Santo Nome de Maria: “Em 23 de julho de 1816, no Santuário de Nossa Senhora de Fouvière, em Lyon, doze sacerdotes e seminaristas se comprometeram a fundar uma Congregação que levasse o nome de Maria...convencidos de que estavam respondendo a um desejo da Mãe de Misericórdia, desejo que encontrou expressão para eles nas seguintes palavras: ‘Eu fui o sustentáculo da Igreja nascente; eu o serei ainda no fim das tempos’... Desde então, os Maristas evocam e entesouram as palavras com que o seu Fundador (João Cláudio Colin) expressou a ligação entre o nome da Sociedade e seus objetivos... O próprio nome já indica sob qual bandeira ela deseja servir, ao travar os combates do Senhor, e qual deve ser o seu espírito” (Constituições da Sociedade de Maria, Padres e irmãos Maristas, números: 2 e 7). Precisam também que os Maristas sejam não apenas coerentes, mas sobretudo, inflamados pelas virtudes da Mãe de Deus: humildade, obediência, abnegação de si e mútua caridade e o amor divino (cf. Const. n. 7, 1).
Se Maria escolheu uma Sociedade para transformá-la em família, em corpo social, diria eu, dando-lhe um nome, é no intuito , através deste corpo, tornar o “Corpo do Cristo” presente no mundo com as energias de fé, do amor e da esperança a exemplo da Igreja primitiva composta dos Apóstolos, discípulos e discípulas. Os homens e as mulheres que Maria chama hoje e que partilham o carisma marista são todos envidados para cumprir a mesma missão que os padres e irmãos carregam, e também o modo de fazê-la, buscando na Igreja primitiva as novas inspirações. Nosso mundo de hoje os espera, e eles devem dar sua contribuição para implantar uma Igreja mariana onde a mesa de Cristo é servida a todos e, em predileção (preferência), aos mais necessitados. Com Maria chega o cumprimento da esperança dos pobres e abandonados, mal acolhidos e excluídos, marginalizados e esquecidos porque ela é, providencialmente, unida à plenitude dos tempos( cf, Gal 4, 40). Maria é gente e peregrina com simplicidade e amor no meio do povo. Os Maristas -novos e anciãos- tornarão o Mundo, a casa de coração e de oração na medida que eles contemplam Maria como discípula, na expressão de São Lucas, segundo qual “Maria guardava tudo no coração”(Lc 2, 51). Hoje faltam certamente, o otimismo, o amor e a coragem nos Maristas. Os leigos e leigas podem também estimular e completar o que não foi feito ainda colaborando com os Padres e Irmãos na sua missão sempre urgente e atual: pensar, julgar, sentir e agir como Maria hoje . Será que Maristas, chamados “compassionalmente” a centralizar suas vidas em Cristo, poderíamos cultivar a espiritualidade do discipulado missionário?(ler o Documento de Aparecida). Inspirados por Maria, façamos da vida do povo um espaço privilegiado para o encontro com Deus, além de nossas capelas ou oratórios. A caixa da herança está aberta para suscitar as vocações diferentes e complementares. Entendi assim os apelos dos Padres Gerais nas últimas administrações.
Caros leitores, pensam nos Maristas no dia 12 de setembro na sua oração. Essa é a melhor parte e presente para eles.
Entre os dias 11 e 18 de julho a Família Marista esteve reunida para mais uma Jornada Vocacional. Neste ano o evento foi realizado na cidade de Palmas de Monte Alto na Bahia. Como a finalidade de tornar a Sociedade de Maria conhecida nas comunidades onde atuamos e/ou de onde saímos, a jornada busca promover a interação entre os membros dos diferentes ramos da Família Marista. Falar da vocação comum que recebemos como homens e mulheres maristas. Voltar às origens como reconhecimento da nossa história vocacional aproveitando para agradecer o povo que ajudou construir esta história.
Alguns Leigos Maristas, de diferentes lugares, participaram nesta jornada. Contribuindo para o enriquecimento da equipe missionária e dos trabalhos realizados na paróquia.
Ser marista é levar, no seu próprio, o nome de Maria, e por meio dele construir sua identidade. A partir disso, o Marista deve pensar, julgar, sentir e agir como Maria, acolhendo-a como a “primeira e perpétua superiora dos Maristas” (Const. 10). Portanto, leigos, irmãos, irmãs e padres são chamados anunciar o Evangelho do jeito de Maria e, por isso, devem estar atentos às necessidades dos irmãos e irmãs de Cristo.
O Pe. João Cláudio Colin, fundador dos Maristas, nos faz o apelo de seguirmos o exemplo de Maria. Em face disso, todo Marista é convidado a colocar-se a serviço do Reino, dispondo os dons que recebeu de Deus, tornando-se cada vez mais “eficaz instrumento da Misericórdia Divina” (Const. 11).
O exemplo de Maria impulsiona cada Marista a seguir radicalmente Jesus Cristo, com ternura e compaixão. Esses gestos se manifestam na profundidade do olhar misericordioso de mãe e nos seus braços sempre abertos para nos acolher. Pois, nos braços ela revela abertura de coração, amor, carinho, cuidado e atenção, gestos concretos de alguém que sabe ouvir, olhar e acolher com simplicidade de coração a todas as pessoas, simplesmente gestos de Maria, a Mãe de Misericórdia.
A ternura, compaixão e a misericórdia passam pela dimensão do olhar, do cuidado e da sensibilidade, levando a pessoa a perceber a necessidade do outro e a sair de si mesma, indo ao encontro dos mais necessitados, especialmente os jovens e os excluídos de nossa sociedade.
Maria manifesta, particularmente, o amor misericordioso de Deus, partilhando sua vida e doando-a toda ao serviço dos outros. É nessa doação que ela manifesta a misericórdia divina.
Maria, como Mãe de misericórdia, convida-nos também a olhar com esperança, ternura, paz e confiança para as realidades da vida. Ela nos ensina a vencer nosso orgulho, rigidez, auto-suficiência; convida-nos a esvaziar-nos de nós mesmos para enchermo-nos da graça de Deus, que provoca mudança de vida e de atitude, e nos impulsiona a olhar com Misericórdia.
Ser “instrumento de misericórdia” é a identidade do marista, e isso implica um jeito diferente de ser cristão, implica assumir, no seu jeito de ser, o jeito de Maria.
Que Maria, Mãe de Misericórdia nos ajude a ser verdadeiros cristãos Maristas, com o coração cheio da novidade do Reino de Deus e nos motive a viver, na alegria e na ternura, a nossa vocação.
Não permita minha Mãe e intercessora, que meus olhos se fechem diante das dificuldades de outrem e que eu tenha discernimento para perceber e ser generoso.
Que eu seja luz e peregrino do amor.
Minha Mãe Divina que eu não me afaste de Ti e de ser o seu exemplo;
Minha Mãe Querida que se cumpram em mim todos os planos divinos e que eu saiba aceitá-los, com toda a força do meu coração.
Nossa Senhora ajuda-nos a trilhar seus caminhos com dignidade, humildade e sabedoria.
Ensina-nos a total obediência a DEUS, que é o maior Bem da vida. Amém.
Esta oração foi composta pelos Leigos Maristas de Curitiba em 2009 por ocasião da Jornada Vocacional Marista realizada em julho do mesmo ano na cidade de Tremedal - BA.
Esta frase que foi repetida tantas vezes por nosso fundador, Padre Colin, é muitas vezes mal entendida. Não significa que os Maristas não podem ser conhecidos, ou fazer pastoral vocacional, ou ter uma boa formação teológica e profissional. Não quer dizer que os Maristas devem esconder seus dons ou não ser bem remunerados por aquilo que fazem.
Maria entre os Apóstolos na Igreja primitiva era a principal inspiração de Colin. Ele diz que ela estava no meio deles, e sua influência foi mais forte que a deles, mas fez tudo sem que as pessoas percebessem. Colin tinha lido a obra de Maria de Ágreda que descrevia várias cenas da vida de Maria depois de Pentecostes. Podemos duvidar da autenticidade destas revelações, mas mesmo assim, não podemos colocar de lado a intuição central de Colin, que Maria fazia muito sem aparecer, que tinha mais influência que todos os Apóstolos. Não buscava honras, não usava a autoridade dela como Mãe de Jesus para mandar, mas podemos ter certeza que por sua maneira de ser tinha uma poderosa influência para o bem na Igreja primitiva. Alguns exegetas dizem que foi por causa dela que um cisma não se desenvolveu na Igreja nascente, entre os discípulos de Jesus e a família dele. Maria tomou o lugar dela como simples discípula.
Para um Marista, que significa ser escondido e oculto? Pode significar que não impomos nossas idéias, nem mesmo nossa fé, mas que deixamos os outros livres para decidir, crer e crescer. Que ensinemos de tal maneira que a pessoa possa encontrar a verdade dentro dela, ou que cresça em seu próprio ritmo. Tenhamos a paciência de permitir que Deus aja dentro da pessoa no tempo Dele. Sobretudo, significa que as pessoas sejam tocadas, principalmente, por nosso ser que deve ser transparência de Jesus e de sua Mãe, e não por nossas palavras eloqüentes. Como João Batista, que diminuamos para que Cristo possa crescer.
Não é fácil pôr em palavras o sentido do “desconhecido e oculto”. Talvez só possamos entendê-lo e saber vivê-lo através de muitos anos de contemplação. Quiçá sejam os nossos Maristas de mais idade que melhor vão nos ensinar o verdadeiro sentido desta intuição central do carisma Marista.
Pedro Maria Chanel nasceu de uma família humilde e numerosa na aldeia de Potière, perto da cidade de Cuet, França, em 12 de julho de 1803. A referida família era composta pelos pais e oito filhos.
Desde crianças colaborava nos pequenos trabalhos da casa, uma granja da família, alimentando as galinhas com cevada e aveia e, como um pequeno pastor, cuidado de suas três vacas, quatro cordeiros e duas cabras. Estava sempre acompanhado do seu fiel cão, um sólido bastão na mão e nos bolsos sua frugal comida do meio dia.
Quando adolescente começou a estudar o latim para preparar-se bem e chegar um dia a ser sacerdote, vocação para a qual se sentia atraído. Já desde jovem sua piedade e modéstia edificavam a todos.
Depois de cinco anos no seminário menor e três no seminário maior, foi ordenado sacerdote em 15 de julho de 1827.
Aprovação da Sociedade de Maria
Logo após a ordenação se uniu a um grupo de sacerdotes amigos que haviam se consagrado à Virgem Nossa Senhora de Fourvière, em Lyon, e mais tarde formaram a “Sociedade de Maria”, chamada também de Padres Maristas.
Eles receberam a aprovação da Sociedade por parte da Santa Sé, e com o prévio consentimento do Padre Colin, Superior geral, aceitaram o encargo de ser missionários na Oceania.
Para cumprir com essa recomendação do Papa, o primeiro grupo partiu da França em 24 de dezembro de 1836. Era composto por Mons. Pompallier, ordenado bispo e nomeado vigário apostólico da Oceania ocidental, quatro sacerdotes e três irmãos, que como valentes aventureiros do Evangelho chegaram ao seu destino 11 meses depois. Mons. Pompallier era o chefe da missão, e ao chegar no destino os distribuiu pela Nova Zelândia e outras ilhas do Pacífico.
Entre eles estava o Padre Chanel, que com o irmão marista Marie Nizier foram destinados à ilha de Futuna, para trabalhar com os nativos e através do Evangelho convertê-los ao cristianismo, missão que levaria quase quatro anos.
A aventura Marista
A aprovação da Sociedade Maria, muito desejada e obtida apesar das dificuldades e depois de numerosas empreitadas, suscitou um entusiasmo fácil de entender. Os preparativos relacionados com o envio de missionários constituíram uma preocupação importante para os responsáveis da Sociedade; era necessário, o mais cedo possível, responder à confiança das autoridades romanas.
Foi primordial escolher e designar o grupo de Sacerdotes e de irmãos missionários, prever o mobiliário, os recursos financeiros indispensáveis e reunir o material necessário... sem contar com os vários trâmites que foram necessários empreender com as autoridades civis.
Esse primeiro grupo estava formado, , pelo Mons. Pompallier, como já foi dito, os Padres Chanel, Bataillon, Servant e Bret, e os irmãos Marie Nizier, Miguel e José Javier.
Em L’Hermitage, o Padre Champagnat manifestava muita alegria e, ao mesmo tempo, certa tristeza por não poder também partir para a Oceania. Mas tinha a satisfação de haver preparado dois dos seus filhos espirituais para tão longínqua missão: os irmãos Marie Nizier e Miguel. Seriam acompanhados pelo irmão José Javier Luzy, que vinha de Belley, onde estava a serviço dos Padres maristas. Durante certo tempo este irmão também esteve se preparando em L’Hermitage para completar tão delicada e responsável delegação missionária.
Missionário de alma
O Padre Chanel chegou a Lyon em 5 de outubro de 1836, com o objetivo de organizar a partida do grupo missionário escolhido.
Em seguida viajou para L’Hermitage, onde falou com os irmãos durante o retiro espiritual. Logo voltou para Lyon com os dois jovens maristas que o acompanharam, os irmãos Marie Nizier e Miguel, e se alojaram na residência religiosa “Providência do Caminho novo”.
Depois de se despedirem da Virgem, Nossa Senhora de Fourvière, os missionários viajaram para Paris de “diligência”, veículo especial que se usava naquela época para as longas viagens. Porém, eles viajaram na segunda classe. Em Paris, encontraram-se com o grupo de Mons. Pompallier, que havia chegado alguns dias antes. Todos se alojaram no seminário de “Missões Estrangeiras”, beneficiando-se de sua generosa hospitalidade.
De Paris partiram para o Havre, porto onde embarcariam. Ali tiveram que permanecer quase dois meses.
O Padre Chanel escreveu em seu diário: "Chegamos ao Havre em 27 de outubro, nos alojamos na casa da Sra. Dodard, em Ingouville. Ficamos comodamente instalados, com calefação e bem alimentados, sem que tivéssemos de pagar nenhum centavo”. Fora, chovia e nevava.
"Esta senhora, escreve o irmão Marie Nizier, é muito boa e se acha honrada em receber os missionários. Faz 16 anos que os acolhe.”
A senhora Dodard, octogenária, adoeceu enquanto os Maristas se encontravam alojados em sua casa, e eles deram-lhe assistência durante sua última enfermidade. Mons. Pompallier lhe administrou os últimos sacramentos, e ela morreu alguns dias depois da partida dos missionários.
O embarque estava previsto para o dia 15 de novembro, porém houve um atraso porque ainda não havia chegado toda a mercadoria e o tempo também não era favorável.
Finalmente, em 24 de dezembro, véspera de Natal, eles puderam embarcar no navio chamado “Delphine”. Não era muito grande, mas estava “bem organizado, limpo e bonito”.
Como imaginamos o referido barco? Que comodidades gostaríamos ter para uma tão longa viagem?
Verdadeiramente, nossos missionários deveriam ser valentes e decididos. Somente a glória de Deus e a salvação das almas os fortaleciam. Verdadeiros heróis!
O início da viagem foi marcado por vários acontecimentos: ao tentar sair do cais, a embarcação não se movia... Talvez alguma avaria no momento de zarpar?...
Somente saberiam dias depois. Partiram com certo nervosismo e preocupação, e já em alto mar chegaram os enjôos; o medo de se chocar com algum barco perigosamente próximo, as manobras que tiveram que realizar, o tumulto causado pelo vento, os gritos e as ordens dadas fizeram o Padre Chanel acreditar que um passageiro havia caído no mar e imediatamente subiu à ponte para lhe dar absolvição.
Logo souberam do ocorrido: ao desamarrar os cabos, os suportes do timão se romperam. Havia uma única solução: navegar lentamente para chegar a um porto e ali efetuar a reparação. Dirigiram-se à ilha de Tenerife, e em 8 de janeiro entraram na enseada de Santa Cruz.
Escala forçada
A reparação do timão foi demorada; 50 dias para por a peça em boas condições e perfeito funcionamento.
Por sua vez os efeitos da navegação também se fizeram sentir... o Padre Servant e o irmão José Javier se encontravam seriamente doentes, e o padre Chanel, com disenteria. Por esses motivos tiveram que permanecer um mês e meio em terra e alugar uma casa na cidade, esperando a recuperação física e o conserto da embarcação.
De Santa Cruz de Tenerife a Valparaíso
Em 28 de fevereiro de 1837 o navio partiu rumo ao mar. Os dois enfermos, entretanto, ainda estavam convalescentes, e foram se restabelecendo progressivamente. Porém, o Padre Bret, compatriota e amigo do Padre Chanel, contraiu uma grave enfermidade, e morreu um mês depois em meio ao mar.
Essa longa travessia, sem escalas através do Atlântico, serviu para que o Padre Chanel pudesse exercer de algum modo seu apostolado entre os marinheiros e outros passageiros. As palestras com os irmãos e a preparação à comunhão pascal foram a obra de toda a equipe missionária.
Tanto tempo de navegação fez com que os viajantes obtivessem uma resistência notável para suportar os embates, as tormentas e as fortes sacudidelas do barco, especialmente ao passar pelo Cabo de Hornos sem sofrer os enjôos característicos do mar.
Todos experimentaram muita alegria quando, em 28 de junho de 1837, entraram no porto de Valparaíso (Chile), exatamente quatro meses depois da saída de Santa Cruz de Tenerife.
Os Padres do Sagrado Coração, Congregação religiosa missionária, e também companheiros de viagem, chegaram ao seu destino. Os Maristas se alojaram na casa que aqueles religiosos já possuíam em Valparaíso.
O barco “Delphine” não continuaria mais sua viagem. Ficaria ali como porto final. Portanto, era necessário descarregar toda bagagem, os objetos pessoas e as caixas com o material destinado à missão, e depositá-los em um lugar seguro até a partida para a Oceania.
Os Padres antes mencionados ofereceram sua hospitalidade aos Missionários Maristas durante todo o tempo necessário para preparar a última etapa de sua viagem: receber informações de outros missionários, de viajantes, comerciantes, etc., conhecedores daquela região do mundo, e encontrar um barco que pudesse levá-los a bordo, depois que soubessem o lugar preciso onde deveriam desembarcar.
Para a Polinésia...
Depois de receber várias informações de outros viajantes chegados da Oceania, a incerteza reinava no grupo sobre a direção que deveriam tomar. Não encontrando nenhum navio que fosse para Nova Zelândia, embarcaram em um navio com direção a Taiti.
Saíram de Valparaíso em 10 de agosto de 1837, e depois de um mês de navegação tocaram as ilhas de Gambier, para obter provisões e informar-se sobre o possível lugar onde estabelecer a futura missão.
Os missionários foram muito bem recebidos pelo Vigário Apostólico e os novos cristãos daquelas ilhas já evangelizadas há algum tempo.
Tendo chegado ao Taiti, tiveram que deixar o barco e decidir como continuar viagem. A bordo de uma escuna, embarcação fina e pequena, continuaram sua complicada travessia, com o permanente perigo de se chocarem contra as rochas muito numerosas nessa área. As chuvas torrenciais e a escuridão durante a noite vieram complicar ainda mais a situação já bastante preocupante.
Passaram pelo arquipélago de Tonga e não puderam ficar ali porque o rei não deu permissão. Por isso seguiram para a ilha de Wallis, e ali sim, ficaram o Padre Bataillon e o irmão Juan Javier Luzy, para fundar a primeira missão marista em terras da Oceania.
Alguns dias depois chegaram à ilha de Futuna, onde ficaram o Padre Chanel com seu colaborador, o irmão Marie Nizier, depois de haver obtido a permissão de um dos reis da ilha, chamado Niuliki. A recepção dos habitantes de Futuna foi favorável e alguns deles se alegraram com a chegada dos missionários. Primeiro foi a curiosidade, depois rodearem a embarcação, subiram nela e logo os acompanharam sem nenhuma hostilidade.
A autorização para se estabelecer em ilha foi concedida depois de uma longa discussão com Mons. Pompallier, uma vez que o primeiro ministro, Maligi, influenciado por alguns habitantes de Wallis, contrários à religião, se opunham fortemente. Foi necessária a convincente intervenção de um parente do rei, respeitado por sua bravura e autoridade: “Deixemos aos brancos habitarem na ilha, lhes disse, eles podem nos trazer riquezas”. Depois disso veio a calma e os missionários foram convidados a comer com o rei e sua família essa noite. Monsenhor presenteou o rei com uma série de presentes que repartiu com a sua gente.
No dia seguinte, 12 de novembro de 1837, foi o dia fixado para desembarcar com sua pobre equipagem, algumas caixas com míseras provisões e material para a missão.
Nesse mesmo dia aconteceu a separação: Mons. Pompallier, o Padre Servant e o irmão Miguel embarcaram para Nova Zelândia. O Padre Chanel ficou definitivamente na ilha de Futuna e não voltaria a vê-los mais. Seu companheiro inseparável será o irmão Marie Nizier. Os dois terão como campo de missão as ilhas de Futuna e Alofi.
Primeiramente tiveram que construir uma casa ou algo que se parecesse com isso para viver; na verdade uma choça coberta com folhas de coqueiros e alguns troncos de árvore. Tudo era tão precário que durante dois meses não sabiam como se proteger da chuva assim como seus pobres pertences.
Enquanto isso, o Padre Chanel sentiu de imediato a necessidade de uma alimentação mais abundante e sã para poder suportar o clima, os trabalhos esgotantes, assim como um mínimo de descanso durante as noites.
Desde o dia 8 de novembro, dia da sua chegada, não tinha podido celebrar nenhuma missa na ilha. Pela especial devoção que o Padre Chanel tinha pela Santíssima Virgem Maria, esta, sem dúvida, lhe inspirou a idéia de escolher o dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, para celebrar a primeira missa em Futuna.
Logo começaram os contatos com as pessoas da ilha para aprender seu idioma e seus costumes, e ensinar a elas a trabalhar a terra, plantar árvores, criar alguns animais domésticos. Também pouco a pouco foi evangelizando-as a fim de convertê-las ao cristianismo na medida em que se encontravam preparados.
O rei Niuliki os apoiou desde o início. Mais tarde, por influências estranhas, começou a manifestar sua oposição. Mesmo que no início tenha havido notáveis conversões, logo começaram as dificuldades de todo tipo para o Padre Chanel e o irmão Marie Nizier. Surgiram as oposições “aos brancos e à sua nova religião” por parte de alguns nativos. Porém, sem desanimar, nosso santo missionário de Futuna se empenhou cada vez mais com energia em sua pregação e por isso aguçou ainda mais a luta. Percorreu a ilha em todas as direções e sem descanso, enfrentado tudo, constantemente, com amável paciência e coragem.
Martírio do Padre Pedro Chanel
Mais uma vez, viu o perigo sobre sua cabeça, pois seus amigos declarados o perseguiam. E isso ocorreu realmente do dia 28 de abril de 1841. Das ameaças eles passaram aos fatos.
Um chefe nativo que se opunha ferozmente ao seu trabalho missionário se apresentou numa manhã com vários de seus cúmplices na casa do Padre Chanel para matá-lo. Um dos homens com um machado deu-lhe dois golpes na cabeça: o sangue começou a escorrer abundantemente. Outro o golpeou com um grosso bastão; e o chefe que rondava a casa como um animal feroz ao redor da sua presa, saltou por uma janela lançando-se sobre o Padre Chanel com seu facão e o cravou na cabeça. Assim morreu o “homem de grande coração” como o chamavam os homens de Futuna. Não obstante, o cristianismo continuou se propagando na ilha através de outros missionários.
Seu martírio foi reconhecido pela Igreja que o declarou santo, quando em 1954 realizou a Canonização de São Pedro Chanel em Roma, determinando sua festa para o dia 28 de abril.
O que chama a atenção agora, é constatar em que grau São Pedro Chanel se converteu em algo muito familiar para os habitantes de Futuna. É um deles. A Sociedade de Maria, que mandou transferir para Lyon os restos mortais dele em 1842, os devolveu aos habitantes de Futuna em 1977, a pedido deles. Seus restos mortais, como preciosas relíquias, descansam hoje no lugar do seu martírio, dentro de uma grande basílica construída em 1986.
“SE, POIS, VERDADEIRAMENTE SÂO E DESEJAM SER FILHOS DESSA AUGUSTA MÂE, APLICAR-SE-ÂO CONSTANTEMENTE, A COMPENETRAR-SE DE SEU ESPÍRITO E A RESPIRÁ-LO, ESPÍRITO DE HUMILDADE, DE RENÚNCIA, DE UNIÂO ÍNTIMA COM DEUS E DE ARDENTE CARIDADE PARA COM O PRÓXIMO.
ASSIM, DEVEM, EM TODAS AS COISAS, PENSAR COMO MARIA, JULGAR COMO MARIA, SENTIR E AGIR COMO ELA. CASO CONTRÁRIO SERIAM FILHOS INDIGNOS E DEGENERADOS”.
(Espírito da Sociedade)
Pensar, julgar, sentir e agir como Maria, é um dos temas que está no cerne da Espiritualidade Marista. Digo um dos temas, porque sem margens de dúvidas, há outros que nutrem nossa espiritualidade, e que são como força motora na vivência da nossa vocação Marista.
Ser Marista é motivo suficiente para termos nosso coração plenamente alegre e agradecido pelo fato de termos sido gratuitamente escolhidos para pertencer à família de Maria. “Os Maristas lembrar-se-ão sempre que, por uma escolha gratuita pertencem à família da Virgem Maria, Mãe de Deus. Trazem o nome Dela...” Trazer o nome de Maria, é para nós um privilégio, ao passo que nos acarreta uma grande responsabilidade.
Pertencer à família Pereira, Souza, da Silva ou outra, significa que temos fortes vínculos com essa família e trazemos da mesma, marcas indeléveis em nosso ser. São características físicas ou de caráter que de uma maneira ou outra “denunciam” que pertencemos a essa família. Pertencendo à Família de Maria, deveria acontecer o mesmo. Que todos ao olharem para nós, pudessem reconhecer Maria em nós, pelo nosso jeito de ser e de agir. Levar o Nome Dela é sem dúvida carregar um “tesouro em vasos de argilas”. Desejamos profundamente parecer com ela, porém muitas vezes o nosso pensar, julgar, sentir e agir estão muito distantes do seu modo de ser. Se verdadeiramente desejamos ser filhos e filhas dessa augusta Mãe, conforme aprendemos da nossa herança espiritual, devemos constantemente compenetrar de seu espírito e a respirá-lo. E não há outra maneira de assim fazer senão por uma vida profunda de oração, de intimidade, de “tempo gasto” na companhia Dela. Quanto mais aprofundarmos nossa relação com Ela enquanto mãe e companheira, maiores possibilidades teremos de adquirir suas características.
A expressão pensar, julgar, sentir e agir em tudo como Maria, inspiração de Padre João Claudio Colin, compreendida e vivida pelos primeiros maristas, continua muito atual e com o mesmo poder desafiador de outrora. Em tudo – pede de nós um espírito de constante vigilância para que todo o nosso ser e fazer sejam a partir dos parâmetros evangélicos como Maria o fez.
Quando Padre Colin pensou na missão da Sociedade de Maria, ele não limitou nossa atuação a um tipo específico de ministério. Ela tinha um sentido profundo de que á Sociedade de Maria tinha sido confiado um dom especial para o mundo, para a Igreja. Não como um dom abstrato, um sentimento, ou devoção etérea, mas sim uma resposta muito concreta às necessidades de seu tempo e segundo ele, para todos os tempos.
Outras pessoas, outros grupos religiosos receberam da mesma forma, um dom que também pode ser oferecido de uma forma especial, porém, nós os Maristas, somos chamados a inspirar-nos em Maria, a pensar, julgar, sentir e agir como ela em todas as coisas. Isso significa que em toda situação devemos nos perguntar: o que Maria faria aqui? Como ela agiria? Quais seriam seus sentimentos? Seus julgamentos seriam baseados em quê? E a partir de uma escuta atenta/ profunda, somos interpelados a fazer o mesmo que ela faria: ponderar no coração; acreditar, deixar que os fatos, a realidade falem por si, mesmo quando não entendemos tudo; ouvir a Palavra de Deus e a responder; ter um coração misericordioso, compassivo e cuidadoso; abrir-nos à experiência da humanidade em sua plenitude; ser uma fonte de força e paz em meio ao nosso discipulado hoje.
Ao encontrarmos este tema pela primeira vez, poderíamos pensar que se trata da próxima Campanha da Fraternidade ou, talvez, algo relacionado com os pobres e esquecidos do mundo. Porém, ao sabermos que é uma proposta de uma congregação religiosa, uma congregação que tenta dar uma contribuição importante no trabalho de construção de um mundo e de uma Igreja mais cristã, poderíamos ter uma surpresa.
Muitos acreditam que não seja possível ser “escondidos e desconhecidos” quando se quer desempenhar trabalhos para transformar o mundo. Mas não se pode ter em mente que “escondidos e desconhecidos” são atitudes de pessoas que não participam ativamente da vida cristã, pois este pensamento seria totalmente contrário do desafio proposto por Pe. Colin: “... usando as coisas do mundo como se não as usassem ; evitando, com persistência, em suas construções e residências, em seu estilo de vida e no seu trato com os outros, tudo o que sugira luxo, ostentação ou desejo de chamar atenção; desejosos de permanecerem desconhecidos e sujeitos a todos, sem engano ou astúcia; em uma palavra, agindo sempre com tão grande pobreza, humildade e modéstia, simplicidade de coração, e ausência de toda vaidade e ambição terrena e, mais ainda, combinando de tal forma o amor à solidão e ao silêncio e a prática de virtudes ocultas com obras de zelo que, enquanto devem assumir os vários ministérios através dos quais a salvação das almas possa ser promovida, eles possam também permanecer desconhecidos, e até mesmo ocultos, no mundo” (Constituições da Sociedade de Maria, nº 228).
Esta dimensão foi inspirada no exemplo da Santa Virgem Maria, da qual se toma como modelo a ser seguido. Estando ela presente no meio dos discípulos, podemos notá-la muito ativa e, ao mesmo tempo, muito discreta. Não chamando atenção para si, mas servindo os outros com simplicidade e dedicação. Isto aparece claramente nas bodas de Caná da Galiléia (Jo 2,1-12). Sendo apenas mais uma das convidadas, poderia continuar se divertindo, mas demonstrando um grande amor para com os noivos, decide pedir ao seu filho para que os socorresse naquele momento. Escondida e desconhecida, mas longe de ser uma presença importante.
Igual a Santa Virgem Maria, os Maristas devem, de modo simples e participativo viver no meio do povo, afastando-se do desejo de acreditarem que são superiores ao povo e de passarem esta idéia. Agindo desta forma, nutrirão um relacionamento de amizade e respeito, vivendo segundo o Evangelho e construindo o Reino de Deus.
Pessoas e grupos que se sentem maristas e seguem a espiritualidade vivida na Sociedade de Maria (Padres e Irmãos). MARISTA é um nome de família, patrimônio de uma grande variedade de grupos: Irmãos Maristas das Escolas, Irmãs Maristas, Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria, Sociedade de Maria (Padres e Irmãos) e muitos grupos de leigos.
CARACTERÍSTICAS DOS GRUPOS MARISTAS:
1 – Variedade de expressões - Cada grupo pode ter certas normas e práticas, que devem ser aceitas por todos os membros. O essencial não deve ser buscar nos grupos regras ou práticas, mas aquilo pelo qual os Maristas se comprometeram a viver – no espírito de Maria com um só coração missionário.
2 – Devoções e práticas.
I – Devoções a Maria: os Maristas professam devoção a Maria. Isto consiste em viver seu espírito além das grandes manifestações públicas. Sua devoção a Maria é pessoal e impregna todo seu estilo de viver, portanto, propagar uma devoção especial a Maria não forma parte de sua vocação.
II – Práticas religiosas: ser Marista é, sobretudo, um estilo de vida. Não se deve salientar nenhuma prática piedosa especial, diferentes das práticas religiosas ordinárias da vida cristã.