terça-feira, 20 de abril de 2010

PENSAR, JULGAR, SENTIR E AGIR COMO MARIA


“SE, POIS, VERDADEIRAMENTE SÂO E DESEJAM SER FILHOS DESSA AUGUSTA MÂE, APLICAR-SE-ÂO CONSTANTEMENTE, A COMPENETRAR-SE DE SEU ESPÍRITO E A RESPIRÁ-LO, ESPÍRITO DE HUMILDADE, DE RENÚNCIA, DE UNIÂO ÍNTIMA COM DEUS E DE ARDENTE CARIDADE PARA COM O PRÓXIMO.
ASSIM, DEVEM, EM TODAS AS COISAS, PENSAR COMO MARIA, JULGAR COMO MARIA, SENTIR E AGIR COMO ELA. CASO CONTRÁRIO SERIAM FILHOS INDIGNOS E DEGENERADOS”.
                                                                                                                           (Espírito da Sociedade)

Pensar, julgar, sentir e agir como Maria,  é um dos temas que está no cerne da Espiritualidade Marista. Digo um dos temas, porque sem margens de dúvidas, há outros que nutrem nossa espiritualidade, e que são como força motora na vivência da nossa vocação Marista.
Ser Marista é motivo suficiente para termos nosso coração plenamente alegre e agradecido pelo fato de termos sido gratuitamente escolhidos  para pertencer à família de Maria. “Os Maristas lembrar-se-ão sempre que, por uma escolha gratuita pertencem  à família da Virgem Maria, Mãe de Deus. Trazem  o nome Dela...” Trazer o nome de Maria, é para nós um privilégio, ao passo que nos acarreta uma grande responsabilidade.
Pertencer à família Pereira, Souza, da Silva ou outra, significa que temos fortes vínculos com essa família e trazemos da mesma, marcas indeléveis em nosso ser.  São características físicas ou de caráter  que de uma maneira ou outra “denunciam” que pertencemos a essa família. Pertencendo à Família de Maria, deveria acontecer o mesmo. Que todos ao olharem para nós,  pudessem reconhecer Maria em nós, pelo nosso jeito de ser e de agir.   Levar o Nome Dela é sem dúvida carregar um “tesouro em vasos de argilas”. Desejamos profundamente parecer com ela, porém muitas vezes o nosso pensar, julgar, sentir e agir estão muito distantes do seu modo de ser. Se verdadeiramente desejamos ser filhos e filhas dessa augusta Mãe, conforme aprendemos da nossa herança espiritual, devemos constantemente compenetrar de seu   espírito e a respirá-lo. E não há outra maneira de assim fazer senão por uma vida profunda de oração, de intimidade, de “tempo gasto” na companhia Dela. Quanto mais aprofundarmos nossa relação com Ela enquanto mãe e companheira, maiores possibilidades teremos de adquirir suas características.
A expressão pensar, julgar, sentir e agir em tudo como Maria, inspiração de Padre  João Claudio Colin, compreendida e vivida pelos primeiros maristas, continua muito atual e com o mesmo poder desafiador de outrora.  Em tudo – pede de nós um espírito de constante vigilância para que todo o nosso ser e fazer sejam a partir dos parâmetros evangélicos como Maria o fez.
Quando Padre Colin pensou na missão da Sociedade de Maria,  ele não limitou nossa atuação a um tipo específico de ministério. Ela tinha um sentido profundo de que á Sociedade de Maria tinha sido confiado um dom especial para o mundo, para a Igreja. Não como um dom abstrato, um sentimento, ou devoção etérea, mas sim uma resposta muito concreta às necessidades de seu tempo e segundo ele, para todos os tempos.
Outras pessoas, outros grupos religiosos receberam da mesma forma, um dom que também pode ser oferecido de uma forma especial, porém, nós os Maristas, somos chamados  a inspirar-nos em Maria, a pensar, julgar, sentir e agir como ela em todas as coisas. Isso significa que em toda situação devemos nos perguntar: o que Maria faria aqui? Como ela agiria? Quais seriam seus sentimentos? Seus julgamentos seriam baseados em quê? E a partir de uma escuta atenta/ profunda, somos interpelados a fazer o mesmo que ela faria: ponderar  no coração; acreditar, deixar que os fatos, a realidade falem por si, mesmo quando não entendemos tudo;  ouvir a Palavra de Deus e a responder; ter um coração misericordioso, compassivo e cuidadoso; abrir-nos à experiência da humanidade em sua plenitude; ser uma fonte de força e paz em meio ao nosso discipulado hoje.

Irª Rosimar Aparecida Pereira, sm

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