Toda ação pastoral marista deve ser inspirada por Maria, mas fundada na pessoa de Cristo. Desse modo, a práxis de Jesus lança luzes para o agir pastoral marista que esteja engajado e comprometido com as questões do Reino de Deus. Deus se tornou próximo dos que mais necessitavam por intermédio de seu Filho Jesus Cristo e chamou aos maristas para também fazerem-se presentes do lado deles em sua pastoral.
Nas narrativas das comunidades evangélicas percebe-se um Jesus que não buscou destaque e aplausos para si, mas lutou por aqueles que precisavam ser integrados e acolhidos no seio da comunidade. Por isso, Ele enfrentou conflitos e foi considerado como alguém que representava perigo para o poder das lideranças de seu tempo. Esse também é o desafio do marista, ou seja, ir onde mais necessita e que ninguém quer ir. Padre Colin pensava o apostolado escondido dos maristas de forma que pudessem fazer grades coisas, mas a supervalorização egoísta do marista. “Eu desejo que os membros da Sociedade de Maria sejam sacerdotes instruídos, modestos, sem pretensões, fazendo todo tipo de bem possível, mas permanecendo ocultos e desconhecidos” [1].
A prática de Jesus não foi como um sacerdote do templo, mas o Messias engajado. Destarte, não podemos pensar Jesus fora dos perigos histórico-sociais. Pois, não legitimava o poder que alguns esperavam Dele. A práxis de Jesus, por conseguinte, foi profética. Taumaturga. Jesus se colocou em uma postura de serviço. Curava, não para ter representatividade diante do povo, mas para mostrar a presença do Reino de Deus. Jesus pregou sobre o Reino de Deus na prática da libertação. Sem o interesse de se mostrar como um rei todo poderoso, glorioso, mas misericordioso e libertador no meio dos que tanto necessitavam. Um reino em busca da paz pela igualdade e fraternidade.
O conhecimento de Jesus traz consigo a conseqüência do chamamento. Este chamado exige uma resposta para quem quer colocar em prática o ensinamento de Cristo. É preciso, portanto, se identificar com o Deus encarnado que habitou no meio de nós. Essa identificação se mostra na prática cotidiana do discípulo que ao mesmo tempo é missionário. Assim fez Maria que foi a mãe de Deus e discípula perfeita de seu Filho. Os maristas vêem em Maria o seu modelo inspiracional para o seguimento ao chamado de Cristo.
Nesse ínterim, é preciso deixar o imaginário que percebe Jesus somente no plano divino, um Jesus todo poderoso. Ao contrário, seria importante para o nosso agir pastoral, conceber a imagem de um Deus divino e também humano que se doa no serviço àqueles que sofrem.
O Jesus quem sustenta a caminhada do povo de Deus é o messias comparado com o servo sofredor obediente à vontade do Pai. Soube, entretanto, enfrentar os males deste mundo para cumprir o papel de libertação. Esse Deus se fez conosco e caminha com seus discípulos e missionários na peregrinação da vida.
Com tudo o que foi dito, podemos concluir que, o fundamento da ação pastoral, em especial a missão marista, é cristológica e se expande na prática eclesial. Desde as comunidades primitivas até hoje, Jesus Cristo que se encarnou, sofreu a paixão, morreu e ressuscitou fundamenta toda e qualquer ação pastoral, isto é, está no centro do nosso agir como discípulos e missionários Dele.
Ir. Arnaldo Josias da Silva, sm
Fui aluno Marista em Luanda/Angola no ano de 1960 até 1964.Tenho amigos em Portugal que também foram alunos no ex-Colégio "Cristo-Rei" em Luanda.
ResponderExcluirSe algum ex-aluno ou irmão Marista vir este comentário gostaria que me contactasse para este emdereço! É sempre bom rever velhas e boas amizades
Abraços
Antonio Jose Nunes da Silva
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