quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

MARCELINO CHAMPAGNAT

     Marcelino Champagnat nasceu no dia 20 de maio de 1789, época em que se iniciava a Revolução Francesa,  na aldeia de Marlhes, localidade onde predominava o analfabetismo.
     Ele foi o primeiro do grupo fundador que conseguiu formar um grupo Marista, e sua companhia de Irmãos Maristas se tornou o ramo que cresceu mais rapidamente, o ramo mais numeroso do projeto Marista. Isto por si explica muito sobre esta pessoa tão amável que fez tanto para o projeto durante sua vida curta.
     Do início até o fim, Marcelino era uma pessoa muita prática, e tudo na vida dele reflete isto: a maneira que entendeu as idéias partilhadas no seminário, o jeito que respondia às necessidades, a maneira que formava seus Irmãos.
     Muito disto se explica pelo ambiente no qual cresceu. Sua mãe era mulher de fé robusta e forte, que mais que uma vez acompanhou Marcelino a pé para o santuário de S. Francisco Régis em La Louvesc, quando dificuldades ameaçaram seus estudos no seminário. O pai de Marcelino era agricultor, que sabia ocupar-se de muitos outros trabalhos também. Marcelino era filho da Revolução em muitos sentidos.
     Nasceu no ano da Revolução, no dia 20 de maio de 1789. Além disso, seu pai acolheu a Revolução e desde o início aceitou seus princípios como maneira de ajudar o povo. “Nossos direitos eram desconhecidos, acabamos de descobri-los”, ele disse ao Coronel da Guarda Nacional. “A nova Constituição está escrita, agora devemos dar nosso apoio”. Como oficial nos governos revolucionários, tinha que presidir os ritos seculares prescritos pela Revolução. Mas ao mesmo tempo, a mãe de Marcelino assistia a liturgia católica clandestina.
     Pela posição na cidade, o pai de Marcelino conseguiu proteger a Igreja na sua área das piores conseqüências da Revolução. Marcelino era o nono de 10 filhos, e nos anos que crescia, três acontecimentos mudaram sua vida de maneira significativa e o formaram como Marista, educador, e fundador dos Irmãos Maristas.
     Numa ocasião, menino pequeno ainda, assistiu uma cena cruel quando um professor deu um nome a um aluno que ficou com ele e causou muita gozação dos outros da classe. Numa outra ocasião presenciou castigo físico exagerado que um professor infligiu a um aluno. E como padre foi chamado ao leito de um menino moribundo que não tinha nenhum conhecimento de Deus ou da fé.
     Destas experiências nasceram duas grandes convicções na vida de Marcelino: “Temos que ter Irmãos!” e “Nunca consigo ver uma criança sem dizer-lhe o quanto Deus a ama”. O relacionamento caloroso que Marcelino inspirava nos jovens Irmãos continua até hoje.

Extraido do livro Um certo caminho de Craig Larkin, sm – Tradução: Grace Ellul, sm

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